quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Reunião do dia 21/08/13



Ocorreu nesta quarta-feira (21 de agosto), a retomada efetiva das reuniões do grupo de pesquisa Territorialização Camponesa na Amazônia. Como já fora decidido previamente em reuniões passadas, foram apresentados os cinco textos que darão base aos estudos acerca de território e territorialidade, sendo os dois primeiros de cunho mais teórico-conceitual e os três últimos se propõe a apresentar   as possibilidades metodológicas de aplicação dos conceitos no campo empírico.



Desse modo, o objetivo do grupo, trabalhando esses textos, é se aproximar do discurso conceitual e ao mesmo tempo analisar sua metodologia aplicável a campo. Assim, na reunião desta quarta-feira discutimos mais assiduamente o primeiro texto que é da autoria de Mariane de Oliveira Fernandes, mestranda em Geografia e Geosciências da UFSM. No texto intitulado “O conceito de território: reflexões conceituais e os enfoques na geografia contemporânea” analisamos a exposição de um debate entre vários teóricos acerca do conceito de território e a evolução das diferentes acepções ao longo da história humana e do desenvolvimento das sociedades.



Por fim, foram discutidos alguns direcionamentos técnicos. A próxima reunião já está marcada para o dia 04/09/13 (QUATRO DE SETEMBRO DE DOIS MIL E TREZE), onde, a princípio, estão previstas a continuação das discussões e apresentações dos textos. Segue a baixo a lista de referências e os links de acesso aos textos que estão sendo utilizados.


TEXTO 1:


FERNANDES, M. O. O conceito de território: reflexões conceituais e os enfoques na geografia contemporânea. Revista de Geografia, Recife, v. 29, n. 2, p. 136-153, 2012.

Disponível em:




TEXTO 2:

FABRINI, J. E. Território, classe e movimentos sociais no campo. Revista da ANPEGE, v. 7, n. 7, p. 97-112, jan./jul. 2011.


Disponível em:



TEXTO 3:


FARIAS, C. S.& CABRAL, E. M. S. A influência da produção de mandioca na composição da identidade territorial do Vale do Juruá-AC. Revista Geoaraguaia, v. 2, n. 1, 2012.


Disponível em:


http://araguaia.ufmt.br/revista/index.php/geoaraguaia/article/view/272





TEXTO 4:

MARTINS, G. I. & JUNIOR, J. C. As tramas da des(re)territorialização camponesa: a reinvenção do território veredeiro no entorno do Parque Nacional Grande Sertão-Veredas, Norte de Minas Gerais. Campo - Território : revista de geografia agrária. v. 7, n. 13, 2012.


Disponível em:




TEXTO 5:

FERREIRA, S. R. B. Campesinidade e território Quilombola no norte do Espírito Santo. GEOgraphia, v. 8, n. 16, 2006.


Disponível em:


terça-feira, 20 de agosto de 2013

Viagem a Campo: Microrregião de Tomé Açu



No dia 08 de Junho de 2013 os coordenadores do grupo de pesquisa, Professora Doutora Cátia Oliveira Macedo e Professor Mestre Fabiano de Oliveira Bringel, promoveram uma viagem a campo com a turma do terceiro semestre de Licenciatura Plena em Geografia da Universidade do Estado do Pará, por meio da disciplina Trabalho de Campo Interdisciplinar I. O destino da  viagem foi a microrregião de Tomé Açú, mais precisamente para os municípios de Bujarú e Concórdia do Pará.

O trajeto percorrido teve inicio na Universidade, marcada como ponto de encontro da turma, e percorreram os municípios de Belém, Ananindeua, Marituba, Benevides, Santa Izabel, até chegar aos destinos finais, que foram os municípios de Bujarú e Concórdia do Pará. Para chegar ao primeiro município, ou seja, Bujarú, foi utilizada uma balsa para o transporte do ônibus, dos alunos e professores.
 Imagem 1: Coordenadores do grupo e alunos da UEPA fazendo a travessia de balsa no Rio Bujarú.
Ao chegarmos ao Município de Bujarú, observamos a dinâmica comercial nas primeiras horas da manhã. E o transporte de pessoas e mercadorias também, através da balsa. Posteriormente, seguimos viagem, adentrando para o interior do município, onde passamos por diferentes comunidades.

É importante destacar que essas comunidades e as famílias nelas constituídas, produzem a agricultura branca (pimenta, laranja). Na década de1990 aconteceu a introdução de Cítricos nessas regiões, com  concentração em Capitão Poço, sendo este o maior produtor do nordeste paraense, compreendendo 149 espécies de cítricos. E essa introdução de cítricos também irá atingir a agricultura camponesa.

Sendo assim, a primeira comunidade percorrida foi a de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro., onde observou-se a presença de pequenas plantações no caminho, presença de fazendas, pequenas casas, presença de sítios e plantações de mandioca.

 Imagem 2: Plantação de mandioca e produção de farinha no município de Concórdia do Pará.
Já no Km 26, começa o dendê propriamente dito, em que a predominância do dendê produzido está destinada para o consumo. É importante ressaltar que o dendê sai in natura, pois não tem usina na região.

No Km 29, passamos pela comunidade de Conceição do Guajará (primeiro viveiro da Biovale). Nesta havia 37 famílias, porém, com  a introdução da cultura do dendê, compra e venda de casas por meio da empresa responsável, atualmente restaram 7 famílias, a maioria migrou para Bujarú, ou para a beira da estrada. Nesse momento também foi observado a produção de mudas, gado nas fazendas próximas a estrada, e a presença de latifúndio, sendo que grande parte desses fazendeiros, latifundiários são migrantes nordestinos e paulistas das décadas de 1960, 1970.

No Km 35, observamos a Comunidade do Perpétuo Socorro e a pequena entrada da Comunidade do Cravo – pequena entrada. Já adentrando o município de Concórdia do Pará. Onde foi observada a presença de Igrejas evangélicas, etc., estas possuem ocupação recente na região.

No Km 39 localizamos e percorremos a comunidade de Nova Esperança já se aproximando da Biovale. Onde foram observadas produções de pimenta e de milho. Assim como o dendê no caminho, mais precisamente a partir do Km 42.

Em seguida passamos pela Comunidade São Francisco Xavier, onde observamos o crescimento de casas na beira da estrada. Após esse percurso, aconteceu a chegada a Biopalma – Vale.
 Imagem 3: Entrada do viveiro da Biopalma no município de Concórdia do Pará.
A turma permaneceu alguns momentos no local, porém sem adentrar na empresa, pois não estávamos autorizados. Os alunos tiraram algumas fotos e conseguiram fazer entrevistas com moradores em frente à empresa.
Prosseguindo com as atividades, a turma foi separada em grupos e cada um percorreu algumas comunidades no trajeto próximo a Biopalma – Vale.